Andrés prevê problemas com Itaquerão e pede vitória de aliado para reduzi-los
"Andrés deixa o cargo de presidente no fim deste ano"
SÃO PAULO - O presidente do Corinthians, Andrés Sanchez, admitiu nesta quarta-feira que o clube deve encontrar algumas dificuldades em relação às obras de seu novo estádio, o Itaquerão, depois que ele deixar o cargo, no fim deste ano. Em entrevista à TV Bandeirantes, o cartola afirmou que a vitória de seu grupo político no pleito marcado para dezembro pode evitar maiores problemas em relação ao projeto da nova arena.
'É óbvio que eu sou o maior articulador do estádio, e vão ter dificuldades (após ele deixar a presidência, no fim do ano). Mas continuo conselheiro e espero que o meu sucessor ganhe a eleição para eu poder ajudar também', afirmou Andrés, que já anunciou publicamente seu apoio à pré-candidatura de Mário Gobbi ao cargo.
Ainda em relação ao provável palco do jogo de abertura da Copa do Mundo de 2014 no Brasil, o mandatário alvinegro apontou o legado que a arena deve deixar à zona leste de São Paulo como uma consequências positivas da construção do estádio. 'A verdade é que a nossa torcida é tão fantástica que o estádio poderia ser em Itaquera, no Morumbi, no Jardim Leonor, que o corintiano iria para ver o Corinthians jogar', disse. 'O que vai deixar de legado para a zona leste é muito mais importante do que um estádio de futebol.'
Andrés voltou a afirmar que não pretende patrocinar nenhum movimento no sentido de mudança no estatuto para que ele possa ser candidato a mais um mandato. O presidente do Corinthians fez questão de dizer que não pretende seguir no cargo após o fim de seu mandato.
'Uma das maiores bandeiras que eu levantei foi não ter reeleição, não ter continuidade. E não ter mais nenhum dono no Corinthians, que passou 54, 55 anos com dois ou três presidentes. Isso é muito ruim para um clube de futebol. Eu não posso voltar atrás naquilo que eu pensava há quatro anos', declarou.
Para o cartola, deve ser aprovada uma alteração no estatuto do clube que antecipe a eleição para que ele deixe o cargo de presidente antes do fim do ano. 'Se eu ficar até fevereiro, todo o planejamento eu vou fazer e vou planejar. Depois de quatro ou cinco meses, pode ser que dê errado e quem vai levar a culpa sou eu. Então, nada mais justo que o novo presidente entre já em dezembro', diz.
'O conselho vai ter que se reunir o mais urgente possível para mudar o estatuto para antecipar as eleições e eu sair', continuou Andrés. 'Eu não fico aqui um dia a mais depois de 15 dezembro, mesmo quer tenha passeata dos corintianos. Eu não fico. Essa é uma decisão minha.'
(Com informações da ESPN)