quarta-feira, 28 de março de 2012

O HOMEM QUE VIVE SEM DINHEIRO



Editora Globo


Mark Boyle é um irlandês de 32 anos que decidiu romper com a sociedade atual e o que considera seu principal símbolo: o dinheiro. Formado em administração de empresas, há 4 anos ele tomou uma atitude radical e passou a viver sem um tostão no bolso. Ele mora no campo, come o que planta, toma banho em um rio, cozinha em uma fogueira e abdicou das mordomias da vida moderna. E tem mais: ele quer que você também siga seu estilo de vida. 

Boyle tomou essa decisão depois de ver como estamos levando o planeta para o buraco. Segundo o ativista, nossa economia estaria destruindo a natureza e arruinando a vida de nossos semelhantes. E a culpa de tudo estaria no dinheiro, que cria uma distância entre o homem e os produtos que ele consome. “Não vemos o efeito de nossas compras no ambiente. Não sabemos por quais processos os produtos passaram, quais os danos que eles causaram. Não sabemos mais como o que consumimos é produzido”, disse à GALILEU. 

Apesar de evitar a civilização moderna, Boyle não é nenhum ermitão. De um computador carregado a energia solar, ele mantém um blog atualizado para propagar as suas idéias e juntar possíveis adeptos. Em 2010, ele lançou o livro The Moneyless Man (que vai ser lançado em julho no Brasil pela editora Best Seller, com o título de O homem sem grana). Até o final do ano, ele deve lançar mais um livro no Reino Unido. 

Há 6 meses, Boyle retrocedeu um pouco em suas convicções e voltou a lidar com o vil metal. Mas ele diz que tem um objetivo nobre: vai construir uma comunidade que siga seu estilo de vida, onde todos terão acesso aos alimentos, e o dinheiro não terá valor algum. Durante uma visita à casa dos pais, para onde foi de carona, Mark Boyle conversou por telefone com a revista GALILEU. Foi um lance de sorte, já que ele se livrou de seu celular no ano passado. Veja a entrevista: 
Editora Globo
Boyle se alimenta de frutas que ele mesmo colhe.
Quanto tempo você viveu sem dinheiro? 

Foram dois anos e meio, quase três. Eu vivi num pedaço de terra, onde cultivava minha própria comida. Eu uso um pouco de energia solar para o meu laptop, que é o único modo de me comunicar com o resto do mundo - eu tenho que conseguir mostrar às pessoas que é possível viver sem dinheiro. Tomo banhos em um rio aqui perto. Uso materiais da natureza no meu dia-a-dia: escovo meus dentes com ossos de animais misturados com sementes. 

Mas como é sua rotina? Como foi seu dia hoje, por exemplo? 

Foi bem normal na verdade, sempre me fazem essa pergunta. Eu coletei frutas, tomei banho no rio... Tem alguns dias que passo inteiro plantando, outros colhendo. Em alguns outros eu recolho lenha. Daí volto a plantar. Meu dia-a-dia é basicamente ir atrás das coisas essenciais sem gastar dinheiro. E isso exige habilidades muito básicas. Além dessas coisas, também fico cuidando da comunicação, falando com a mídia. Sabe, minha história fez sucesso nos jornais daqui e acabei dando muitas entrevistas. Escrevo bastante, acabei de terminar de escrever um segundo livro que será lançado no final do ano. Mas, ao mesmo tempo em que cuido dessas coisas, tenho que sobreviver. 

O que fez você seguir esse estilo de vida? 

Eu estava em uma época de questionamentos, pensando sobre todos os problemas do mundo: destruição das florestas, trabalho forçado, extinção dos recursos da natureza. Estava pensando nos problemas ecológicos e sociais, em quais deles eu poderia trabalhar, e percebi que todos têm um denominador em comum. Eles são causados pelos vários graus de separação entre o consumidor e o que ele consome. A gente não sabe por quais processos os produtos passam, quais os danos que eles causam. Não sabemos mais como o que consumimos é produzido. Aí eu percebi que o dinheiro era um fato muito importante dentro disso, ele nos separa do que consumimos. 

Minha primeira ideia foi falar sobre as conseqüências do uso do dinheiro, porque todos sabemos de seus benefícios, mas ninguém fala de suas conseqüências. Mas depois de 6 meses discorrendo sobre isso, vi que eu deveria dar o exemplo. Acredito muito na frase de Gandhi: “Seja a mudança que você quer ver no mundo”. Se eu vou falar disso, o mínimo que eu deveria fazer é viver isso. Acho que dinheiro nos causa danos de várias formas. Combinado com outros fatores econômicos, como a divisão do trabalho e economia de larga escala, está destruindo a natureza, porque não vemos os efeitos de nossas compras no ambiente.
Você é formado em administração de empresas. Isso tem alguma coisa a ver com o rumo que tomou? 

Claro. Compreender como tudo funciona foi muito crucial. Quanto mais você entende de economia e dos processos envolvidos, mais você percebe que é insustentável. Durante 4 anos estudando economia, eu nunca ouvi falar do mundo real. Ninguém fala de pessoas, solo, oceanos, florestas. Só aprendemos teorias e equações, sem nos importar com o mundo real e com o fato de o estarmos destruindo. Isso me deu uma ideia das falhas básicas do nosso modelo econômico. O que estou tentando fazer é criar uma nova história, explorar um novo modelo que não seja tão dependente do dinheiro, baseado na comunidade e na relação com a terra. 
Editora Globo
Mark Boyle toma uma chícara de chá.
O que sua família pensou dessa mudança? 

Eles me deram muito apoio. De inicio, eles não falaram muito sobre isso, porque foi uma mudança muito súbita. Mas hoje eles me dão apoio total, vêem que o mundo fica cada vez pior. Quanto mais conversamos, mais eles percebem que nos próximos cem anos as coisas vão ficar muito difíceis, inclusive para seus futuros netos. 

Nos últimos meses você voltou a lidar com dinheiro. Por quê? 

Estamos começando um projeto de comunidade onde possamos viver 100% da terra. Onde possamos viver de um modo que não haja trocas. Vamos plantar comida e dar cursos para quem não souber plantar. Os cursos serão livres. As pessoas que forem para os cursos também irão produzir as comidas nessa terra. Queremos mostrar um outro modo de viver junto, de produzir as comidas de que precisamos. A intenção não é só reduzir nosso impacto no planeta, mas queremos fazer uma economia baseada no “dar”. Não acreditamos no “dar” condicional, que é o “trocar”, o “eu te dou isso se você me der aquilo”. Esse é um jeito muito cruel de viver. Não precisamos sempre receber algo em troca. 

Você acha seu movimento vai ganhar mais adeptos? 
Em 2008, quando a crise estourou, o movimento cresceu muito. E agora cresce bastante em países como Grécia e Portugal. É interessante ver que, quando a economia normal se deteriora, as pessoas começam a procurar por outros modos de viver. Estamos crescendo bem rápido. Quando tudo começa a dar errado, as pessoas procuram por um modo de se salvar. É por isso que estou tão ocupado hoje em dia, as pessoas querem saber sobre isso. Muitos querem saber como viver sem dinheiro, já que não têm dinheiro. 

E você acha que dá pra todo mundo viver assim? 

Acho que precisamos de uma transição. Precisamos mostrar as conseqüências ecológicas e sociais de nossa economia atual. Acredito que as pessoas vão entender que largar o dinheiro é o único jeito sustentável de viver. Acho que viveremos uma transição para sermos menos dependentes do dinheiro, para restabelecermos nossa conexão com a comunidade e com a terra sob nossos pés. 


Da redação do blog com Revista Galileu

Jogadores e comissão do Auto entram em greve


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O descaso administrativo no Auto Esporte há muito tempo está em evidência, mas chegou ao cúmulo nesta terça-feira (27) com a greve dos jogadores e comissão técnica, na semana do clássico contra o Botafogo, marcado para domingo (1º).
Apenas Alcimar, Romarinho, Ronaldo, Júnior Belém, Robson, Neto, Guto e Cleber compareceram ao clube, mas logo foram embora, quando tomaram conhecimento que não haveria treinos. O treinador Gessé Reis, das categorias de base ainda esperou o grupo no centro do gramado.
O motivo da greve, segundo os jogadores é a falta de pagamento de salários. O treinador Denô Aráujo não apareceu. Segundo o gerente de futebol Severino Maia, ele avisou que estava resolvendo problemas particulares.
A reportagem tentou falar com o presidente do clube, Wateau Rodrigues, deixou recado eletrônico, mas não teve resposta. Também foi feito contato com o diretor de futebol, Paulo Raniere, mas ele não atendeu. De acordo com as informações, o clube deve três meses de salários e a diretoria não definiu uma data para resolver o problema.
PORTALCORREIO

segunda-feira, 26 de março de 2012

Diretoria do Belo dispensa mais jogadores


Escudo do BotafogoNa noite desta segunda-feira (26), a diretoria do Botafogo dispensou mais três jogadores. Com estas dispensas já somam oito jogadores nesta temporada do Campeonato Paraibano 2012. Neta segunda foram a vez do atacante Buiú, goleiro Felipe e lateral-esquerdo Roque.
Os jogadores já estão com a documentação preparada, de acordo com o vice-presidente executivo do clube, Ricardo Prado.
“Toda documentação dos dois jogadores está sendo preparada. Eles deverão ser desligados esta semana”, disse Ricardo Prado.
Agora são oito jogadores fora dos planos do clube, desde que, o novo treinador Neto Maradona assumiu o comando do elenco botafoguense. Os dois se juntam ao zagueiro Rafa Marques, os volantes Dú Guerreiro, Fernando Pinto e Evinho Jaú, além do atacante Carlos Beré que deixaram a Maravilha do Contorno na semana passada.
A preocupação do treinador Neto Maradona está em armar o time. Os meias Wiliam e Almir Dias estão fora da partida desta quarta-feira (28) contra o Paraíba, às 20h15, no estádio Almeidão, em João Pessoa, pela décima rodada do Campeonato Paraibano.
Os dois jogadores estão com problemas diferentes. Enquanto, Almir Dias continua no departamento médico se recuperando de uma contratura muscular, Wiliam recebeu o terceiro cartão amarelo e terá que cumprir suspensão automática. 
Da Redação Esporte com Glauco Lima da Rádio Tabajara

Classificação - Campeonato Paraibano 2012


Zenaide Vitorino



Clubes Participantes
01.   Auto Esporte Clube (João Pessoa)
02.   Botafogo Futebol Clube (João Pessoa)
03.   Campinense Clube (Campina Grande)
04.   Centro Sportivo Paraibano (João Pessoa)
05.   Esporte Clube Flamengo Paraibano (2ª DIV/2011) (João Pessoa)
06.   Esporte Clube de Patos (Patos)
07.   Nacional Atlético Clube (Patos)
08.   Paraíba Esporte Clube (2ª DIV/2011) (Cajazeiras)
09.   Sousa Esporte Clube (Sousa)
10.   Treze Futebol Clube (Campina Grande)


Classificação

Col.
Clube
PG
JG
VI
EM
DE
GP
GC
SG
Paraíba
24
11
7
3
1
18
9
9
Sousa
24
13
6
6
1
26
16
10
Campinense
21
13
6
3
4
30
17
13
Treze
21
11
6
3
2
16
10
6
Nacional
20
13
6
2
5
19
25
-6
Botafogo
19
12
5
4
3
26
16
10
CSP
12
11
3
3
5
14
20
-6
Auto Esporte
10
11
3
1
7
15
19
-4
Esporte
7
12
2
1
9
16
33
-17
10º
Flamengo
5
11
1
2
8
10
25
-15














PG -Pontos Ganhos JG - Jogos Disputados VI - Vitórias EM - Empates
DE - 
Derrotas GP - Gols Pró GC - Gols Contra SG - Saldo de Gols



Clubes classificados à segunda fase



Clubes rebaixados