Chico Anysio
A cerimônia, restrita à familiares e amigos, começou por volta das 13h10 e durou cerca de 40 minutos. A viúva Malga Di Paula foi a última a falar, e lembrou de histórias engraçados do marido. Segundo o ator Nelson Freitas, Malga contou aos amigos que certa vez Chico sentiu medo [de morrer] e pediu para que ela rezasse. Nizo Neto, filho de Chico, fez um agradecimento a Malga por ter ficado com o pai dele no final da vida. Durante a cremação, músicas de autoria de Chico Anysio foram tocadas, entre elas "A Noite do Meu Bem". Uma oração de São Francisco também foi feita.
Agora, parte das cinzas serão levadas à floresta do Projac --centro de produção da Rede Globo, no Rio-- e outra parte para Maranguape, no Ceará, onde Chico nasceu.
O ator Bruno Mazzeo, filho de Chico Anysio, chegou por volta das 12h20 no Cemitério São Francisco Xavier, no Rio de Janeiro, onde acontecerá na tarde deste domingo (25) a cerimônia de cremação do humorista. "O que eu tenho a falar é em agradecimento ao povo brasileiro pelo carinho. Ver o povo ontem na porta do Theatro [Municipal do Rio, onde foi o velório] foi o que me deixou mais feliz. Chico foi uma pessoa que se dedicou por 65 anos a alegrar o povo", disse Bruno no local.
Malga Di Paula, viúva de Chico, chegou visivelmente abalada e, quando abordada por jornalistas, disse apenas: "Agora não". Também já está no crematório a ex-ministra e ex-mulher de Chico, Zélia Cardoso de Mello. "Nossos dois filhos ainda precisariam muito do pai. Chico deixou um bom legado para eles de trabalho e caráter. Espero que eles sigam o exemplo do pai", disse ela acompanhada dos jovens Rodrigo e Vitória.
Um dos primeiros a chegar ao local, por volta das 11h, foi o escritor Ziraldo, amigo próximo de Chico. Ele não falou com a imprensa. O cantor Agnaldo Timóteo também já está no local. "O Chico deu ensinamentos que deveriam acontecer toda noite na TV. Foi um especialista em reciclagem. Foram 47 anos de amizade. Tenho lembranças maravilhosas e muita gratidão", disse.
A despedida de Chico Anysio, que morreu na sexta-feira (23) em decorrência de falência de múltiplos órgãos, levou família, amigos e fãs ao Theatro Municipal do Rio de Janeiro, onde aconteceu o velório do humorista durante todo o sábado (24). Mais de 5.000 pessoas passaram pelo local. Apesar da tristeza que tomava conta dos presentes, o comediante Marcos Veras disse que não havia clima fúnebre no local. "Mesmo com todo mundo triste, lá dentro estão todos contando piada, relembrando momentos engraçados de Chico. Ainda há humor", disse ele ao UOL.
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