sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Prefeitura amplia o campo de futebol e realiza torneio na Cruz da Menina

Dando continuidade as politicas públicas esportivas no Município de Dona Inês, o Prefeito Antônio Justino está ampliando o campo de futebol naquela comunidade, Este campo que vai servir para a pratica do esporte com mais espaço já que havia apenas um mini campo e não correspondia com as necessidades dos desportistas local. Inauguração dia 01 de novembro com um grande torneio de futebol com a participação de varias equipes do nosso município.
Fotos da das maquinas trabalhando.

fotos Sergio Teofilo
texto Mano

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Padre Roberivaldo de Dona Inês Participa de jogo beneficente em Mari

vejam a reportagem e as fotos

Equipe dos padres venceu a partida pelo placar de 7 X 4

A cidade de Mari-PB, teve a oportunidade de assistir, na última segunda-feira (24), uma partida de futebol beneficente entre a equipe representante da Câmara de Vereadores do Município e o selecionado de padres da região.

A partida foi realizada no mini campo da cidade de Mari e mobilizou vários curiosos da comunidade, que acostumados em ver padres de batina e fazendo pregações nos altares, dessa vez, tiveram a oportunidade de vê-los de chuteiras e uniforme esportivo.

Uma das atrações da equipe paroquial, foi o Padre Moacir, que mensalmente realiza no Município a tradicional missa da cura. Segundo ele, os padres devem cuidar do espírito, mas, não podem descuidar do corpo, que é a morada de Deus.

De acordo com o Padre Jardiel Sátiro, da paróquia de Mari e um dos organizadores do evento, a partida de futebol com os padres, além de servir como momento de lazer e diversão é também uma oportunidade de estimular a solidariedade. “ As pessoas que assistiram a partida contribuiram com 1 Kg de alimento não perecível, que serão entregues ao grupo do terço dos homens para distribuição com a comunidade”, finalizou.

O Prefeito Antônio Gomes esteve presente durante a partida que foi vencida pela equipe dos padres pelo placar de 7 X 4 e que também contou com as presenças do Diácono Antônio Severino e a prefeita Alcione Beltrão de Alagoinha, além de outras autoridades locais.

Mais fotos:

Equipe representante da Câmara Municipal de Mari, organizada pelo Vereador Marcondes Baltazar (em pé ao centro)

(Da esq. p/ dir.) Padre Jardiel Sátiro, 1ª dama Rosineide Cunha, Prefeita Alcione Beltrão, Prefeito Antônio Gomes e as Vereadoras Maria de Jesus (Alagoinha) e Hozanete Dionísio (Mari).



Da Redação com CoordCom/PMM


Leia mais: http://marifuxico.blogspot.com/2011/10/mari-padres-participam-de-partida-de.html#ixzz1bvDaYEJ1
Blog Mari Fuxico


segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Em um ano, Fabiana Murer salta para o topo e chega ao Pan como estrela

Das lesões ao título mundial, atleta conta, mês a mês, sua jornada de outubro de 2010 até agora; nesta segunda, ela estreia na competição em Guadalajara

Por João Gabriel Rodrigues Direto de Guadalajara, México
O número de passos variou conforme o tempo. Fossem 16, fossem 18, ao longo do ano Fabiana Murer sempre teve um rumo definido: queria ir além. A técnica, a tática e até mesmo as varas foram se alternando de acordo com os objetivos de cada etapa. Com o título da Diamond League, em 2010, a atleta entrou num caminho sem volta. Antes à sombra da amiga Yelena Isinbayeva, passou a sonhar com saltos maiores, mais ousados. Casou-se com o técnico Élson Miranda, treinou forte, enfrentou lesões e ainda ouvia a eterna comparação com a russa. Tudo passou sem que sumisse o sorriso característico, até que a maior conquista chegasse, em Daegu, no último dia de agosto, com o título mundial que a colocou no topo do planeta.
Ano Fabiana Elson mascote (Foto: GLOBOESPORTE.COM)Fabiana e Élson na Coreia do Sul: atleta e técnico se casaram há um ano (Foto: GLOBOESPORTE.COM)
Desde outubro do ano passado, o GLOBOESPORTE.COM acompanhou, mês a mês, todos os passos da brasileira. Já com os olhos voltados para Londres, Fabiana dá o último salto de um ciclo nesta segunda-feira, em busca do bicampeonato dos Jogos Pan-Americanos, em Guadalajara. Para chegar a este ponto, foi preciso passar por muita coisa. É ela própria quem conta.
header fabiana murer outubro 2010 (Foto: Editoria de Arte/Globoesporte.com)
Voltei das férias no dia 18 de outubro, fiquei um tempo sem fazer nada. Eu precisava mesmo de um descanso, foram muitas competições. Estava bastante cansada. Fui visitar a família, descansar a cabeça. Voltei aos treinos no fim de outubro, em Bragança Paulista, mas coisas leves, mais para fortalecer a articulação e evitar as lesões. Fiz muito pouco de salto, ainda mais porque estava chovendo. Foram semanas produtivas, deu para aproveitar bastante.
header fabiana murer novembro 2010 (Foto: Editoria de Arte/Globoesporte.com)
Ano Fabiana Murer novembro (Foto: Arquivo pessoal)Fabiana (à dir.) na festa (Foto: Arquivo pessoal)
Depois das férias em outubro, passei novembro inteiro treinando. No fim do mês, em Monte Carlo, tivemos a premiação dos dez melhores do atletismo em 2010, foi muito legal. Fizeram um bate-papo com os atletas, como a sueca Angelica Bengtsson, que foi muito bem nos Jogos da Juventude, o Sergey Bubka, a Isinbayeva. Foi bom para dar uma relaxada. Voltei para o Brasil, e foi um mês de muita expectativa, ansiedade. Fiquei muito focada nos treinamentos, mas ao mesmo tempo pensando no Prêmio Brasil Olímpico. Hoje em dia, consigo separar bem, não atrapalha, consigo ficar concentrada. Mas nos momentos de folga meus pais divulgaram, meus amigos fizeram campanha para que votassem em mim.
header fabiana murer dezembro 2010 (Foto: Editoria de Arte/Globoesporte.com)
Durante a festa do Prêmio Brasil Olímpico, fiquei muito tranquila. Na hora do anúncio, eu estava muito nervosa, sabia que tinha chances, mas as outras meninas também tinham. Sabia que era muito complicado, mas fiquei supercontente depois de vencer. Depois do prêmio, treinei direto em São Paulo. Passei o dia 25 de dezembro treinando. No dia 31, ainda treinei de manhã, mas fui para a chácara da minha família em Jaguariúna. Sair com a família foi bom, consegui descansar a cabeça. Aí tirei uns dias de folga, mas tinha de estar concentrada e firme se quisesse ter um bom ano.
Ano Fabiana Murer janeiro (Foto: Arquivo pessoal)Fabiana Murer na limusine em Nova York, com as varas cuidadosamente embaladas (Foto: Arquivo pessoal)
header fabiana murer janeiro 2011 (Foto: Editoria de Arte/Globoesporte.com)
Treinei bastante no início de janeiro. Não consegui fazer um bom fim de treinamento por conta da chuva. Treinar em São Caetano atrapalha um pouco por causa disso. Então, a parte final não foi tão boa quanto eu esperava. Poderia ter sido melhor para as competições. A primeira foi em Nova York, no dia 18. Por muito pouco eu não consegui 4,84m. Bati no sarrafo e caiu. Mas foi boa, era só a primeira do ano.
header fabiana murer fevereiro 2011 (Foto: Editoria de Arte/Globoesporte.com)
Fui para a Alemanha, foi uma boa competição, mas na Ucrânia foi um problemaço. Não sabia como tinha me machucado, achava que tinha caído no sarrafo, mas tive uma distensão no músculo multifido, nas costas. Já tive uma lesão nesse músculo quatro anos atrás, pouco antes do Pan. O médico ficou até surpreso. Não conseguia me mexer. Achava que tinha três dias pela frente e que iria estar bem para uma competição na Polônia, mas não aconteceu, acabei desistindo. Começava a correr, sentia dor, depois foi piorando. O corpo avisava que era melhor não. O problema era que eu só fazia as consultas por computador. Tinha um fisioterapeuta lá, mas não era o mesmo sistema que eu uso no Brasil. O tratamento foi gelo e antiinflamatório. Consegui me recuperar bem para Estocolmo, fiz alguns treinos de salto. Cheguei bem lá, muito veloz, melhor que em Stuttgart. Estava muito bem, mas acabei indo mal, até mais por ter perdido duas competições. Escolhi a vara que me jogava a 4,80 m, mas não me jogou nem a 4,60 m. No dia 24, voltei ao Brasil. Foram treinos mais tranquilos, sem dor nenhuma.
Ano Fabiana Murer março (Foto: Arquivo pessoal)Fabiana com o técnico Vitaly Petrov: semana produtiva para a atleta no mês de março (Foto: Arquivo pessoal)
header fabiana murer março 2011 (Foto: Editoria de Arte/Globoesporte.com)
Descansei duas semanas, voltei a treinar bem devagar, fazendo toda preparação física. Vitaly Petrov ficou uma semana aqui e foi superlegal ele ter vindo nessa fase de treinos. E desta vez ele veio em uma situação diferente, sem treinar a Isinbayeva, tinha um tempo maior. Eu percebi que ele estava mais concentrado nos meus defeitos. Antes, ele ficava muito mais concentrado em coisas que a Yelena precisava do que nas coisas que eu precisava. Foi muito legal. O Élson liga direto para o Vitaly, que sempre pergunta como estou. Não existe mais aquela competitividade.
header fabiana murer abril 2011 (Foto: Editoria de Arte/Globoesporte.com)
Eu estava muito cansada. Foram treinos fortes, então me cansei muito, mas é um momento de diminuir os treinos mesmo. Não tive problemas de dor, mas fiz fortalecimento das costas. Foi uma preparação grande na fisioterapia também. Passei superbem pelos treinos, sem lesão. Estava me preparando para o GP Brasil, no Rio de Janeiro. Estava bem preparada, mas tinha de acertar alguns detalhes para a competição.
header fabiana murer maio 2011 (Foto: Editoria de Arte/Globoesporte.com)
Fabiana Murer no GP de atletismo (Foto: AP)Fabiana no GP do Brasil, no Rio (Foto: AP)
O começo de maio foi o fim da preparação para as competições. Foi um longo período de treinos e, mesmo assim, ainda não deu para saltar tão alto. O ano é bem longo e as principais competições são em agosto (Mundial) e outubro (Pan). Maio é o mês dos GPs do Brasil, e eu só participei do último GP (foram cinco etapas), no Rio. A competição foi boa, mas não consegui fazer muitos saltos, acabei cansando logo. Saltei 4,65 m, a melhor marca mundial do ano naquele momento. Fiquei contente com os meus saltos. Logo depois, começou minha maratona de viagens.
header fabiana murer junho 2011 (Foto: Editoria de Arte/Globoesporte.com)
Fui para o Sul-Americano em Buenos Aires. Estava bem frio, foi um pouco difícil de aquecer, mas mesmo assim consegui uma boa marca: fiz 4,70m, ganhando a competição e novamente melhorando a melhor marca do mundo. Naquela noite viajei para Eugene, nos EUA, para uma etapa da Liga de Diamante. Acabei saltando 4,48 m, tentei 4,68 m mas não passei, terminei em terceiro. Lógico que não gostei do resultado, mas foi uma competição importante. De Eugene, viajei para Oslo, para uma nova etapa da Liga de Diamante. Fiquei um pouco gripada, com dor de garganta, mas sabia que tinha que me manter firme. No dia da prova, estava chovendo e um pouco frio. Saltei 4,60 m e ganhei a competição. Foi bom ter vencido. Depois segui para Formia, na Itália. Fiquei treinando o mês de junho inteiro. Consegui me recuperar, não treinei muito forte, não foram muitos saltos. Eu precisava desse tempo para me recuperar fisicamente e chegar bem a Birmingham, para mais uma etapa da Liga.
Ano Fabiana Murer junho (Foto: Arquivo pessoal)Em Formia, na Itália, haja gelo para recuperar a condição física da saltadora (Foto: Rodrigo Iglesias / BM&F)
header fabiana murer julho 2011 (Foto: Editoria de Arte/Globoesporte.com)
Em Birmingham, eu estava bem, mas foi estranho, errei meu primeiro salto. Começou a chover, ficou realmente complicado e acabei ficando em terceiro. Saí um pouco decepcionada, o tempo não ajudou. Voltei para Formia e fiquei um período treinando só com o Vitaly, já que o Élson voltou para o Brasil. Depois, fui para Estocolmo, para a Liga. O vento estava bem forte, precisei de certa paciência para conseguir saltar. Gostei da competição, mas não do resultado. Saí contente porque estou bem tecnicamente. Essas competições servem mesmo para acertar detalhes para o Mundial e para o Pan. A Yelena voltou e fez a melhor marca. Está saltando bem, mas não tão bem quanto antes.
header fabiana murer agosto 2011 (Foto: Editoria de Arte/Globoesporte.com)
No início de agosto, fui para Londres, última etapa da Liga antes do Mundial. Estava muito segura, o tempo estava superbom para competir. Foi ali que consegui confiança técnica para o Mundial. O Vitaly foi comigo, porque o Élson voltou para o Troféu Brasil. Foi legal ter o Vitaly por lá também. Fazia tempo que ele não me via competir. Tivemos de adaptar algumas coisas e acabei sendo muito conservadora. Não saltei muito alto, mas senti confiança.
atletismo fabiana murer salto com vara mundial daegu (Foto: Agência Reuters)No Mundial de Daegu, Fabiana salta para a maior glória de sua carreira (Foto: Agência Reuters)
Depois, fui para Formia e terminei a preparação para o Mundial. Fui ganhando confiança, correu tudo bem durante os treinos. Saí dia 18 da Itália e cheguei à Coreia do Sul no dia 19. Foi um voo longo, mas cheguei superanimada. Era a competição na qual eu estava me focando o ano. Também fiquei contente ao ver os outros brasileiros, já que não via ninguém. Foi aumentando a ansiedade, a espera, os outros chegando. Cheguei muito confiante, mas é importante ter uma certa insegurança também. Eu sabia que estava com uma boa técnica, estava calor, tudo isso ajuda. E acabou dando tudo certo. Consegui 4,85m, recorde sul-americano.
Ano Fabiana Murer agosto (Foto: Arquivo pessoal)Fabiana e a faixa que ela levou para casa após o
título mundial em Daegu (Rodrigo Iglesias/BM&F)
Quando saltei, ainda não tinha certeza do título. A alemã poderia saltar 4,90m, claro, era muito difícil ela me passar. Tentei me manter concentrada nos 4,90m. Sabia que, se ela passasse, eu teria de passar também. Na hora em que acabei com minhas tentativas, aí sim pensei: “Sou campeã mundial”. Consegui realizar um sonho, depois de tanto trabalho. É legal ver que todo o trabalho foi certo.
Depois, nem fiz muita coisa. Teve uma premiação para mim com na casa dos atletas, fui para a pista assistir às outras competições, conheci um pouquinho da cidade. Até roubei uma das minhas faixas que estavam espalhadas pela cidade (risos).
E teve toda aquela espera pela entrega da medalha, né? É sempre no dia seguinte, porque salto é uma prova que demora muito. É muito legal voltar e receber a medalha, todo aquele reconhecimento. Tinha a questão de ver se a Yelena ia se recuperar depois do Mundial, aí me colocaram como a principal rival (“Who is the highest?”), muito legal.
header fabiana murer setembro 2011 (Foto: Editoria de Arte/Globoesporte.com)
No dia 8, já tinha Zurique, pela Liga. Eu me senti muito cansada. As condições não estavam muito boas, mas ainda assim por muito pouco não saltei 4,82m. Fiquei em terceiro. Terminei contente, sabia que não tinha me recuperado muito bem do Mundial. No Brasil, foi ótimo ter aquela recepção toda no aeroporto, com a minha família. Fui para casa deles no domingo, toda a família, todo mundo queria ver a medalha, tirar foto. E para eles eu mostrei, né? (na chegada, Fabiana não mostrou a medalha para a imprensa, porque haveria uma entrevista coletiva no dia seguinte). Foi bem gostoso curtir aquilo tudo.
Fabiana Murer medalha escondida desembarque (Foto: João Gabriel Rodrigues / GLOBOESPORTE.COM)No desembarque, a medalha de ouro escondida (Foto: João Gabriel Rodrigues / GLOBOESPORTE.COM)
header fabiana murer outubro 2011 (Foto: Editoria de Arte/Globoesporte.com)
Acho que dá para ir bem no Pan, mesmo sendo fim de temporada. Nessa época, eu estaria de férias, talvez até começando a treinar para o próximo ano. Mas dá para pensar no recorde da competição. Primeiro, quero ganhar. Sei lá, vou tentar meu melhor salto. Estou tão tranquila, quem sabe não sai um bom resultado?

Três gerações de uma família e a missão: reconstruir o Castelão

Avô e pai Damasceno construíram o estádio Castelão no início dos anos 70. Francisca Falcão está nas obras de reforma para a Copa 2014
Por Diego Morais
Fortaleza, CE



Pai visita a filha nas obras do Castelão (Foto: Diego
Morais / Globoesporte.com)Ela chega todos os dias logo no início da manhã ao trabalho, como milhões de mulheres por todo o Brasil. Porém, o ofício dela não é tão comum assim ao universo feminino. Sem esquecer o batom, faz rejuntamentos, reboca paredes, senta pisos, pinta espaços... Francisca Falcão Damasceno, mais conhecida como Falcão, é pedreira e uma das 28 mulheres que trabalham hoje na construção da Arena Castelão.

- Sinto orgulho em ser pedreira - declarou Falcão.

O orgulho em ser pedreira tem explicação. Seu avô e seu pai tinham a mesma profissão. O mais interessante, porém, é que o pai e o avô de Falcão trabalharam na construção do Castelão no início dos anos 70.

- Meu pai foi quem me ensinou tudo, mas hoje eu faço tudo mais rápido que ele - brincou Falcão, abraçando seu pai.

O pai chama-se Juraci Eufrásio Damasceno e, hoje, aos 60 anos, já não tem a mesma agilidade de quando ajudou a construir o Castelão. Mas ainda continua forte e trabalhando em obras. O GLOBOESPORTE.COM/CE presenciou a reunião entre pai e filha na nova Arena que está sendo construída no lugar da antiga e que vai receber em Fortaleza jogos da Copa do Mundo de 2014. Atualmente, Falcão já contribuiu para que as obras chegassem à marca de 43% de conclusão.

Seu Juraci, como é mais conhecido, não aguenta a emoção ao olhar para tudo aquilo sendo colocado abaixo para levantar um estádio novo, mais confortável e muito mais moderno que o antigo.

- Dá uma tristeza, uma pontada no coração, mas se é pra melhorar, a gente entende - disse o emocionado pedreiro.

A emoção de Seu Juraci em ver o avanço das obras do novo estádio se mistura com a sensação de ver sua filha completando um ciclo que foi começado por seu falecido pai Zacarias Eufrásio.

- Eu comecei a ensinar as coisinhas a ela quando ainda era pequena e hoje é bonito ver como ela aprendeu tudo rápido - afirmou Seu Juraci.


Falcão trabalha de 7h às 16h nas obras do Estádio
(Foto: Diego Morais / Globoesporte.com)Falcão aprendeu rápido e sabe fazer bonito. Na construção, chega com sua moto logo cedo e não dispensa acessórios femininos como batom, brincos e pulseiras. No entanto, ao vestir o macacão, calçar as botas, luvas e pôr o capacete, ela se transforma em uma operária como qualquer outra. O resultado é que ninguém a discrimina por ser mulher, em meio a mais de 700 homens.

- Aqui eu trabalho igual a todo mundo. Todos me respeitam e eu não deixo de fazer nenhum trabalho porque é pesado ou não. O que eu não sei eles me ensinam e me ajudam. O relacionamento com todo mundo é ótimo - disse a operária.

Trabalhar no Castelão, por sinal, foi a realização de um sonho.

- Meu avô trabalhou aqui e meu pai também. Quando anunciaram que Fortaleza estaria na Copa, eu corri pra colocar meu currículo para trabalhar aqui. Meu antigo encarregado falava que eu não conseguiria, mas eu consegui - declarou Falcão.

A operária e mulher também é mãe, esposa e até avó, mesmo aos 33 anos. São 4 filhos e 2 netos - o terceiro nasce em dezembro próximo. Depois de conseguir realizar o sonho de trabalhar como pedreira no Castelão, agora ela divide dois outros grandes desejos. O primeiro é que um dos filhos siga seus passos e continue a tradição de pedreiros na família. O outro é conseguir assistir a uma partida de Copa do Mundo no novo Castelão.

- Nem que eu precise juntar muito dinheiro, fazer poupança. Não quero ser apenas como aquela música do Zé Ramalho que diz 'Tá vendo aquele edifício, moço? / Ajudei a levantar'. Quero também poder trazer minha família aqui e ver de perto o que eu ajudei a construir - cantarolou e se emocionou a obstinada pedreira.


Imagem do projeto do novo Castelão (Foto: Divulgação)

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Forró embala nado sincronizado do Brasil em busca de um lugar no pódio

Coreografia recheada de criativas alçadas empolga público mexicano, e brasileiras terminam em terceiro lugar na rotina técnica de Guadalajara

Por Lydia Gismondi Direto de Guadalajara, México
Depois do dueto brasileiro empolgar a plateia com a Bossa Nova, nesta quarta-feira foi a vez da equipe de nado sincronizado do país fazer bonito ao som do Forró. A coreografia recheada de criativas alçadas agradou os juízes, e o Brasil terminou a rotina técnica em terceiro lugar. Na próxima sexta-feira, elas disputam a rotina livre. O somatório das duas notas apontará a classificação geral.
Pan Guadalajara 2011- Nado Sincronizado (Foto: Satiro Sodré / Agif)Equipe brasileira termina a rotina técnica em terceiro lugar (Foto: Satiro Sodré / Agif)
- Eu acho que a gente nadou muito bem. A nossa energia estava contagiante dentro da água. Isso é o mais importante para gente, passar energia para o público – disse Lorena Molinos.
A equipe formada por Giovana Stephan, Jessica Noutel, Maria Eduarda Pereira, Lorena Molinos, Joseane Martins Costa, Maria Bruno, Lara Teixeira, Pamela Nogueira e Nayara Figueira recebeu 43.750 pontos em execução e 43.875 em impressão geral, somando 87.625.
- Foi maravilhoso. Uma energia muito boa. A gente vai trazer essa medalha para o Brasil com certeza – garantiu Maria Eduarda.
Pan Guadalajara 2011- Nado Sincronizado (Foto: Satiro Sodré / Agif)Na próxima sexta-feira, a equipe pode conquistar a medalha de bronze (Foto: Satiro Sodré / Agif)
Impecáveis, as canadenses tiveram o melhor somatório da rotina técnica: 94.785. A equipe americana foi a segunda melhor, com 89.750. As mexicanas, que mais uma vez fizeram o Centro Aquático Scotbiank tremer, ficaram em quarto lugar 89.750. Os torcedores não gostaram nem um pouco do julgamento e vaiaram muito quando foram anunciadas as notas (86.750) da equipe da casa.
 

Thiago domina os 200m medley e iguala Hoyama como maior dos Pans

Nadador chega a dez medalhas de ouro, mesma marca do mesa-tenista, mas fica com a prata no revezamento 4x200m livre e não consegue ultrapassá-lo

Por Lydia Gismondi Direto de Guadalajara, México
Cinco dias. Foi disso que Thiago Pereira precisou para grudar em Hugo Hoyama como maior medalhista de ouro do Brasil na história dos Jogos Pan-Americanos. Os 400m medley no sábado, o 4x100m livre no domingo, os 100m costas na segunda, e nesta quarta o ouro que faltava para chegar aos dez em Pans, igualando a marca do mesa-tenista. Foi numa prova que ele costuma dominar no continente, os 200m medley. Quatro estilos, duas idas e duas voltas na piscina de Guadalajara, 1m58s07. Na última batida, a confirmação: o Mr. Pan está no topo.
A festa só não foi completa porque, uma hora depois, Thiago não conseguiu repetir a dose no revezamento 4x200m livre. Ele fechou a prova em ritmo forte, mas quando caiu na água já era impossível alcançar os Estados Unidos, e o Brasil ficou com a prata.
thiago pereira medalha bronze pan-americano  natação (Foto: Satiro Sodré/Agif)Thiago Pereira no pódio dos 200m medley: décimo ouro em Pans (Foto: Satiro Sodré/Agif)
Hoyama foi eliminado no individual do tênis de mesa e não tem mais chances de ouro em Guadalajara. Thiago folga na quinta-feira e dá um tempo em sua maratona, mas ainda voltará à piscina para disputar mais dois ouros: 200m costas e revezamento 4x100m medley.
Nos 200m medley, Henrique Rodrigues ainda ficou com o bronze, com o tempo de 2m03s41. O americano Connor Dwyer fez 1m58s64 e ficou com a prata. Como se não bastasse a marca pessoal, Thiago ainda conquistou a medalha de número 150 da natação brasileira em Jogos Pan-Americanos.
O décimo ouro veio na minha prova preferida, em que eu conquistei meus maiores títulos, os momentos mais importantes vieram dela. Mais uma vez ela me trouxe um momento importante que é essa medalha de ouro"
Thiago Pereira
Quando Thiago bateu na frente no medley, sequer comemorou, já pensando no revezamento que viria pouco depois. Bateu em primeiro, manteve a expressão séria e, no máximo esboçou um sorriso tímido. Saiu da piscina apressado para se poupar.
- O décimo ouro veio na minha prova preferida, em que eu conquistei meus maiores títulos, os momentos mais importantes vieram dela. Mais uma vez ela me trouxe um momento importante que é essa medalha de ouro – afirmou Thiago.
Henrique Barbosa deixou a piscina satisfeito, principalmente levando em conta a recuperação de uma lesão no ombro e a infecção alimentar que o pegou no início do Pan. No dia do desfile de abertura, ele comeu um sanduíche e teve um problema estomacal. Desde então, vinha tentando se recuperar.
- Estou vindo de um mês parado por causa de uma lesão no ombro. Aqui serviu de treinamento para as Olimpíadas. Estou saindo com duas medalhas, uma de ouro e uma de bronze no meu primeiro Pan. Mais feliz que isso não tem como. Meu objetivo aqui era brigar com o Thiago, mas essa infecção alimentar veio para me derrubar. Não deixei me abater de todo jeito. Acho que valeu muito, estou muito contente – afirmou Henrique.
Pan natação revezamento 4x200m livre Thiago Pereira (Foto: Satiro Sodré/AGIF)O revezamento 4x200m livre ficou com a medalha de prata para o Brasil (Foto: Satiro Sodré/AGIF)
No revezamento, André Schultz começou mal, mas se recuperou na segunda metade da sua perna e entregou em segundo lugar para Nicolas Oliveira, que caiu para terceiro. Leonardo de Deus passou a brigar pela prata com a Venezuela, mas só com Thiago o Brasil conseguiu garantir a segunda posição. Os americanos, no entanto, tinham chegado bem antes, com o tempo de 7m15s07.
- Estou satisfeito. Estava com medo desse revezamento. Falei com o Albertinho que eu saí dos 200m medley cansado. A gente estava numa disputa com a Venezuela, até achei que eles estariam bem melhor dentro da prova. E a gente já sabia que os Estados Unidos estariam bem na frente. Acabou que a gente conseguiu essa medalha de prata – afirmou Thiago.
Leonardo de Deus, que entrou no revezamento para substituir Rodrigo Castro, cortado na última hora por causa do limite de atletas na delegação brasileira, também deixou a água satisfeito.
- Eu nem nado essa prova, mas com a saída do Rodrigo Castro eu entrei para ajudar o Brasil. Fiz o meu possível e acho que foi um bom resultado para o Brasil. É o meu primeiro Pan-Americano, então eu acho que um ouro e uma prata, além do 200m costas que eu ainda tenho chances de ganhar medalha, foram ótimos resultados para mim - afirmou o nadador, que já tinha vencido os 200m borboleta.

São Paulo receberá seis jogos em 2014, incluindo abertura e semifinal

Seleção Brasileira jogará na capital paulista, Brasília e Fortaleza na primeira fase. Salvador e Recife ainda sonham com Copa das Confederações

Por GLOBOESPORTE.COM Direto de Zurique, Suíça
O GLOBOESPORTE.COM transmite o anúncio das sedes ao vivo, quinta-feira, a partir das 13h20m (de Brasília)
A Fifa e o Comitê Organizador da Copa do Mundo de 2014 (COL) vão revelar na quinta-feira a tabela do torneio e da Copa das Confederações de 2013, mas alguns detalhes já foram revelados pelo Jornal Nacional nesta quarta: além da abertura do Mundial, São Paulo receberá mais cinco jogos, incluindo uma semifinal. Porém, a cidade está fora da Copa das Confederações, que será realizada em Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Brasília e Fortaleza (Recife e Salvador seguem no páreo).
Traves no estádio do Corinthians (Foto: DIVULGAÇÃO/ODEBRECHT)Obra em Itaquera: estádio do Corinthians receberá seis jogos em 2014 (Foto: DIVULGAÇÃO/ODEBRECHT)
Cada uma das 12 sedes da Copa sediará pelo menos quatro partidas. Na primeira fase, a Seleção Brasileira jogará em São Paulo, Brasília e Fortaleza. A final será no Maracanã, repetindo o local do Mundial de 1950, o primeiro realizado no Brasil.
A outra semifinal do Mundial será em Belo Horizonte, que ainda briga com Brasília para ser a sede da abertura da Copa das Confederações. O torneio de 2013  poderá ter mais duas cidades: de acordo com o desenvolvimento das obras dos estádios, Recife e Salvador têm chances de receberem partidas.
Os detalhes dos 80 jogos das duas competições (16 da Copa das Confederações e 64 do Mundial) foram resolvidos em três dias de reuniões na sede da Fifa, em Zurique, nesta semana. No total, o COL mudou a tabela 57 vezes e algum ponto ainda pode ser modificado até o anúncio oficial.
A abertura da Copa está marcada para 12 de junho de 2014, com a final em 13 de julho. Em 2013, a Copa das Confederações será realizada entre 15 e 30 de junho.

Brasil decepciona torcida mexicana e fica no empate com a Argentina

Seleção sub-20 recebe apoio dos anfitriões, mas inicia busca pelo ouro dos Jogos Pan-Americanos somando apenas um ponto

Por Gustavo Rotstein Direto de Guadalajara, México
A partida contra o Equador era apenas três horas depois, mas a torcida do México chegou cedo ao Estádio Omnilife para torcer pela Seleção Brasileira na primeira rodada do torneio de futebol dos Jogos Pan-Americanos. E a equipe comandada por Ney Franco decepcionou o carinho dos anfitriões empatando em 1 a 1 com a Argentina, em jogo válido pelo Grupo B.
Foi mais um encontro da torcida mexicana com a Seleção Brasileira, dando continuidade a uma relação construída na mesma Guadalajara. A cidade abrigou cinco das seis partidas do time de Pelé na campanha do tri da Copa do Mundo, em 1970. O próximo compromisso do Brasil no Pan será nesta sexta-feira, contra a Cuba, que nesta quarta perdeu por 1 a 0 para a Costa Rica. Ney Franco não poderá contar com o capitão Romário, que foi expulso.
romario sergio araujo Brasil x Argentina pan-americano (Foto: Reuters)Capitão do Brasil, Romário disputa com Araujo, autor do gol da Argentina na estreia (Foto: Reuters)
Empolgada, a torcida mexicana logo mostrou que estava do lado do Brasil. Os argentinos recebiam vaias toda a vez que tocavam na bola, mas não se deixaram se intimidar por isso. Aproveitando a pouca articulação da Seleção na transição da defesa para o ataque, os hermanos usavam a velocidade para levar perigo.
Apesar da disposição das duas equipes, o primeiro tempo foi fraco tecnicamente. Brasil e Argentina se mostravam pouco à vontade na grama sintética, aspecto que claramente dificultava o toque de bola, ponto forte das duas escolas. Assim, as vaias dos mexicanos, que eram somente para a Argentina, foram para as duas seleções quando o árbitro apitou o intervalo. Na primeira etapa, os argentinos levaram perigo aos 35 minutos, quando Araujo recebeu lancamento perfeito na área entre a zaga brasileira, mas pegou mal na bola e tocou pra fora.
Adrian Martinez Rafael De Souza Brasil x Argentina Pan Guadalajara (Foto: AFP)
Martinez tenta roubar a bola de Rafael durante o
confronto em Guadalajara (Foto: AFP)
Na segunda etapa o jogo seguiu arrastado, mas as duas substituições de Ney Franco - que promoveu a entrada de Felipe Amorim e Cidinho - transformaram a Seleção Brasileira, que voltou a se impor. Aos 12 minutos, Felipe Anderson cobrou falta na área e Felipe Amorim, dentro da pequena área, tocou para o gol. O goleiro Andrada fez boa defesa em dois tempos.
Mas aos 18, o Brasil finalmente abriu o placar, para delírio da torcida mexicana que já enchia o estádio na expectativa de assistir ao jogo de sua seleção contra o Equador. Cidinho lançou rasteiro para Henrique. O atacante do São Paulo avançou em velocidade e chutou cruzado de pé esquerdo, fazendo 1 a 0.
Com a vantagem nas mãos, o Brasil recuou sua marcação e chamou a Argentina para seu campo. Mas em vez de propiciar contra-ataques, a estratégia acabou por representar domínio do adversário, que chegou ao empate aos 29 minutos. Araujo recebeu lançamento pelo lado esquerdo, nas costas de Luccas Claro e chutou cruzado, fazendo 1 a 1.
Aparentemente cansado, o Brasil continuou a dar espaços para a Argentina, que pressionou em busca do segundo gol. Aos 39 minutos, o árbitro expulsou Romário e Araujo, que trocaram tapas, e a Seleção não conseguiu fazer valer a vantagem, deixando o campo sem a vitória e decepcionando os mexicanos, que vaiaram os dois times.

Luis Fabiano desencanta e garante a vitória do São Paulo sobre o Libertad

Após passe de Dagoberto, Fabuloso enfim marca após o seu retorno ao Tricolor Paulista, que joga por empate na próxima quarta para avançar
A CRÔNICA
por Marcelo Prado
O jogo estava fraco, a torcida mostrava impaciência, e o São Paulo, dentro de campo, parecia que completaria a sua sétima partida sem vitória na temporada 2011. Até que, aos 31 minutos do segundo tempo, aconteceu o que o torcedor tricolor esperava com imensa ansiedade desde o dia 2 de outubro: um gol de Luis Fabiano. Após passe de cabeça de Dagoberto, o Fabuloso, ao seu estilo, bateu de pé direito, no alto de Medina, e fez a festa dos 7.910 torcedores que enfrentaram o frio e compareceram no estádio do Morumbi na noite desta quarta-feira.
Se o time está longe de mostrar um futebol convincente, a vitória por 1 a 0 breca a crise que havia se instalado no Tricolor e que, inclusive, havia causado a demissão do técnico Adilson Batista - após a derrota por 3 a 0 para o Atlético-GO, no último domingo. A equipe comandada pelo interino Milton Cruz abriu vantagem no duelo das oitavas de final da Copa Sul-Americana. Os times voltarão a se enfrentar na próxima quarta-feira, em Assunção, e o Tricolor Paulista tem a vantagem do empate. Se o Libertad ganhar pelo placar simples, o classificado será conhecido na cobrança de pênaltis. Os paraguaios, para assegurarem a classificação nos 90 minutos, precisam vencer por dois gols de diferença. Quem levar a melhor enfrentará a LDU nas quartas de final.
No fim de semana, o time muda o foco novamente e volta a pensar no Campeonato Brasileiro. Em busca de uma vitória para tentar retornar ao grupo da Taça Libertadores da América, o Tricolor recebe o Coritiba, às 16h (de Brasília), no estádio do Morumbi. Já o Libertad, pelo torneio Clausura do Campeonato Paraguaio, enfrentará o Tacuary no domingo.
Sem qualidade, Tricolor para no ferrolho do Libertad
Crucificado pela torcida, o técnico Adilson Batista foi demitido no último domingo, mas nada mudou no São Paulo desde então. O primeiro tempo no Morumbi, com muito frio, foi um castigo para quem foi ao estádio e viu um time sem a menor inspiração.
Milton Cruz manteve os titulares usados pelo ex-treinador, mas fez mudanças no posicionamento. Wellington, que saía mais para o jogo com Adilson, voltou a ser primeiro volante. Denilson ganhou liberdade pela direita, Cícero seguiu pela esquerda. À frente, uma linha com Lucas aberto pela direita, Dagoberto pela esquerda e Luis Fabiano mais à frente, como referência.
É verdade que o São Paulo encontrou um adversário visivelmente preocupado com a marcação. O argentino Jorge Burruchaga escalou o Libertad com duas linhas de quatro, e em algumas jogadas o time paraguaio tinha até nove jogadores do meio para trás. Aos 16, na única investida de perigo do Tricolor no primeiro tempo, Lucas fez belo lance pela direita e cruzou para Cícero, que disparou uma bomba de pé direito. Medina rebateu, e Luis Fabiano chutou por cima.
No mais, o jogo se arrastou. O Libertad chegou uma vez com perigo por causa de uma falha de Rhodolfo em passe na entrada da área. Mas Rogério Ceni saiu da meta e evitou o pior. O tempo foi passando, e a pequena torcida começou a se irritar com o São Paulo, que não dava sinais de reação. Luis Fabiano, em lance na área com Benegas, merecia cartão amarelo por jogada violenta aos 34. No apito para o intervalo, as vaias tomaram conta do estádio do Morumbi.
Luis Fabiano marca e tira o time do sufoco no segundo tempo
Sem alterações, o São Paulo pelo menos voltou com outra postura para a etapa complementar. Mais aceso, o time foi ao ataque três vezes nos primeiros oito minutos, com Dagoberto, Luis Fabiano e Cícero. Mas, assim como subia, deixava espaços na defesa. Aos 13, em descida rápida de Nuñez pela esquerda, Ramírez ficou cara a cara com Rogério Ceni e, de pé direito, exigiu grande defesa do camisa 1.
Luis Fabiano gol São Paulo (Foto: Reuters)Luis Fabiano comemora com Lucas o seu primeiro gol na volta ao Tricolor Paulista (Foto: Reuters)
Irritado com o desempenho do time, Milton Cruz resolveu fazer duas alterações aos 16. Ele sacou Cícero e Denilson para colocar Marlos e Casemiro. O meia entrou com disposição e fez o time acordar em campo. Se o São Paulo não era um primor de organização, pelo menos passou a ter um pouco de velocidade. Aos 29, após jogada de Marlos, Piris foi travado na hora do chute. Dois minutos depois, o alívio tomou conta do Morumbi: Juan cruzou da esquerda, Dagoberto tocou de cabeça, e Luis Fabiano, de pé direito, bateu no canto direito alto de Medina. Abraçado por todos os companheiros, o Fabuloso correu para comemorar com a torcida.
Com a vantagem, o time se tranquilizou em campo e passou a tocar a bola com mais propriedade. Milton Cruz sacou o apagadíssimo Lucas para colocar Rivaldo e assim ter uma peça que valorizasse a posse de bola. Aos 43, após bela troca de passes, Juan cruzou, e Marlos só não marcou o segundo de cabeça porque Medina fez grande defesa. No fim, apesar do placar magro, a torcida aplaudiu o time, cena que não acontecia há muito tempo.

Em noite de terror, Fla é humilhado e goleado por La U no Engenhão

Chilenos colocam o Rubro-Negro na roda, vencem por 4 a 0, desperdiçam pênalti e ainda têm gol mal anulado. Bottinelli se lesiona e preocupa
  • 13" do 1º tempo, Gol

    GOLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLL DE ROJAS!!! Lorenzetti chuta em cima da defesa, ...
  • 21" do 1º tempo, Lance

    ERRO DA ARBITRAGEM! Lorenzetti recebe em posição legal, faz o ...
  • 26" do 1º tempo, Cartão

    Cartão vermelho para Airton Por pisar no joelho direito de Osvaldo Gonz...
A CRÔNICA
por GLOBOESPORTE.COM
Se vale como lição, que seja de tudo que o Flamengo não pode fazer se quiser conquistar o título do Brasileirão. Em noite catastrófica, o Rubro-Negro recebeu e foi humilhado por 4 a 0 pela Universidad de Chile, nesta quarta-feira, no Engenhão, na primeira partida das oitavas de final da Copa Sul-Americana. Apático, desastroso defensivamente, nulo no ataque, com os craques em baixa e com direito a uma expulsão justa após entrada absurda de Aírton, o time carioca vai para casa cabisbaixo, mas com a certeza de que o placar ficou barato.
vargas flamengo x universidad do chile (Foto: EFE)Para desespero de Welinton e David Braz, Vargas comemora um dos gols de La U (Foto: EFE)
No lugar de Montillo, carrasco da eliminação na Libertadores de 2010, também após derrota no Rio, mas por 3 a 2, Vargas foi o carrasco da noite. O atacante marcou dois gols, sofreu pênalti e fez Welinton lembrar o passado recente de vaias com dribles desconcertantes. José Rojas e Lorenzetti completaram para os chilenos, que ainda desperdiçaram um pênalti e tiveram um gol mal anulado.
Na próxima quarta-feira, em Santiago, as duas equipes voltam a se encontrar, e o Fla precisa vencer por quatro (a partir de 5 a 1) ou mais gols de diferença para enfrentar o Arsenal, da Argentina, nas quartas de final. A repetição do placar leva a decisão para os pênaltis.
No próximo domingo, às 18h (de Brasília), novamente no Engenhão, o Rubro-Negro pega o Santos, pela 31ª rodada do Brasileirão. Para completar a noite de horror, Luxemburgo, que já não tem Thiago Neves, Ronaldinho e Renato, suspensos, pode perder Bottinelli para a partida. O argentino deixou o campo com suspeita de fratura no pé esquerdo.
Com direito a baile, La U goleia no primeiro tempo
O mesmo adversário, o mesmo filme. Assim como na partida de ida das quartas de final da Libertadores de 2010, no Maracanã, a Universidad de Chile não deu bola para o Flamengo nem para os rubro-negros. Fora de casa, partiu para cima cheia de autoridade e atropelou o adversário com um primeiro tempo que beirou a perfeição, conforme os 3 a 0 no placar deixam claro. E o beirou é porque podia ter descido para o intervalo vencendo ainda com mais folga.
ronaldinho gaúcho flamengo x universidad católica (Foto: Agência Estado)Ronaldinho em lance no primeiro tempo: camisa 10 do Fla esteve apagado (Foto: Agência Estado)
Um chute forte de Castro para boa defesa de Felipe logo no primeiro lance deixou claro que os chilenos não vieram para o Rio de Janeiro para se defender. Além da disposição ofensiva, La U encontrou pela frente um Flamengo totalmente desarrumado defensivamente, sentindo muito a ausência de Alex Silva, e sem poder ofensivo. Suspensos da partida contra o Santos, domingo, Ronaldinho e Thiago Neves estiveram em campo, mas somente de corpo presente, uma vez que nada acertaram.
Aos 13, a pressão da Universidad se transformou em gol. Após bate e rebate na área, a bola sobrou limpa para José Rojas chutar colocado de canhota no canto direito de Felipe. O goleiro até chegou na bola, mas sem firmeza, e a viu tocar na trave e em seu corpo antes de cruzar a linha. Acuado, o Flamengo forçou a primeira defesa do goleiro Jhonny Herrera somente aos 25, em chute de longe de Airton. Já depois de La U ter ter gol de Lorenzetti mal anulado pela arbitragem.
No minuto seguinte, porém, o volante dificultou ainda mais as coisas para sua equipe, ao ser expulso com justiça. Ele deixou o pé no joelho de Osvaldo Gonzalez após levar a pior em dividida. Pouco depois, mais um problema para o Fla: Bottinelli, com dores no tornozelo, deu lugar a Renato Abreu.
Quase sem passar do meio-campo, o Rubro-Negro segurou a desvantagem mínima até os 42, quando em um minuto foi vazado duas vezes: primeiro, Mena escorou lançamento de Lorenzetti para Vargas chutar de primeira para o fundo da rede. Logo em seguida, Welinton furou feio e deixou o próprio Vargas avançar com liberdade e tocar na saída de Felipe: 3 a 0 para La U. Fora o baile.
Chilenos vencem por 4 a 0, e ficou barato!
O Flamengo voltou do intervalo mais preocupado em evitar uma catástrofe maior do que em diminuir o placar, com Maldonado no lugar de Deivid. Não deu muito certo. Totalmente desestruturado defensivamente, a equipe era presa fácil para a Universidad de Chile, mesmo após a expulsão de Castro, aos cinco, por atingir Willians com o cotovelo. A jogada tinha passado despercebida pelo árbitro, que foi avisado pelo quarto árbitro e pelo auxiliar do lance.
A superioridade chilena foi comprovada novamente aos 16, quando David Braz segurou e derrubou Castro na área: pênalti. Na cobrança, Felipe impediu gol de Rodriguez em lance polêmico. A defesa aconteceu em dois lances e ficou a dúvida se a bola ultrapassou ou não a linha. A jogada animou Luxemburgo, que trocou Galhardo por Jael em busca de ao menos um gol.
Na primeira jogada, o atacante aproveitou cruzamento de cabeceou firme no travessão. Boa jogada, mas isolada. No contra-ataque seguinte, aos 26, Rodriguez descolou lindo passe de calcanhar para Lorenzetti chutar bonito de esquerda e fazer 4 a 0.
A partir daí, o que se viu foi uma Universidad de Chile abusando do preciosismo e colocando o adversário na roda, diante de um Flamengo que praticamente dá adeus à possibilidade de conquistar um título internacional depois de 12 anos. Que venha o Brasileirão.