Após passe de Dagoberto, Fabuloso enfim marca após o seu retorno ao Tricolor Paulista, que joga por empate na próxima quarta para avançar
A CRÔNICA
por Marcelo Prado
O jogo estava fraco, a torcida mostrava impaciência, e o São Paulo, dentro de campo, parecia que completaria a sua sétima partida sem vitória na temporada 2011. Até que, aos 31 minutos do segundo tempo, aconteceu o que o torcedor tricolor esperava com imensa ansiedade desde o dia 2 de outubro: um gol de Luis Fabiano. Após passe de cabeça de Dagoberto, o Fabuloso, ao seu estilo, bateu de pé direito, no alto de Medina, e fez a festa dos 7.910 torcedores que enfrentaram o frio e compareceram no estádio do Morumbi na noite desta quarta-feira.
No fim de semana, o time muda o foco novamente e volta a pensar no Campeonato Brasileiro. Em busca de uma vitória para tentar retornar ao grupo da Taça Libertadores da América, o Tricolor recebe o Coritiba, às 16h (de Brasília), no estádio do Morumbi. Já o Libertad, pelo torneio Clausura do Campeonato Paraguaio, enfrentará o Tacuary no domingo.
Sem qualidade, Tricolor para no ferrolho do Libertad
Crucificado pela torcida, o técnico Adilson Batista foi demitido no último domingo, mas nada mudou no São Paulo desde então. O primeiro tempo no Morumbi, com muito frio, foi um castigo para quem foi ao estádio e viu um time sem a menor inspiração.
Milton Cruz manteve os titulares usados pelo ex-treinador, mas fez mudanças no posicionamento. Wellington, que saía mais para o jogo com Adilson, voltou a ser primeiro volante. Denilson ganhou liberdade pela direita, Cícero seguiu pela esquerda. À frente, uma linha com Lucas aberto pela direita, Dagoberto pela esquerda e Luis Fabiano mais à frente, como referência.
É verdade que o São Paulo encontrou um adversário visivelmente preocupado com a marcação. O argentino Jorge Burruchaga escalou o Libertad com duas linhas de quatro, e em algumas jogadas o time paraguaio tinha até nove jogadores do meio para trás. Aos 16, na única investida de perigo do Tricolor no primeiro tempo, Lucas fez belo lance pela direita e cruzou para Cícero, que disparou uma bomba de pé direito. Medina rebateu, e Luis Fabiano chutou por cima.
No mais, o jogo se arrastou. O Libertad chegou uma vez com perigo por causa de uma falha de Rhodolfo em passe na entrada da área. Mas Rogério Ceni saiu da meta e evitou o pior. O tempo foi passando, e a pequena torcida começou a se irritar com o São Paulo, que não dava sinais de reação. Luis Fabiano, em lance na área com Benegas, merecia cartão amarelo por jogada violenta aos 34. No apito para o intervalo, as vaias tomaram conta do estádio do Morumbi.
Luis Fabiano marca e tira o time do sufoco no segundo tempo
Sem alterações, o São Paulo pelo menos voltou com outra postura para a etapa complementar. Mais aceso, o time foi ao ataque três vezes nos primeiros oito minutos, com Dagoberto, Luis Fabiano e Cícero. Mas, assim como subia, deixava espaços na defesa. Aos 13, em descida rápida de Nuñez pela esquerda, Ramírez ficou cara a cara com Rogério Ceni e, de pé direito, exigiu grande defesa do camisa 1.
Com a vantagem, o time se tranquilizou em campo e passou a tocar a bola com mais propriedade. Milton Cruz sacou o apagadíssimo Lucas para colocar Rivaldo e assim ter uma peça que valorizasse a posse de bola. Aos 43, após bela troca de passes, Juan cruzou, e Marlos só não marcou o segundo de cabeça porque Medina fez grande defesa. No fim, apesar do placar magro, a torcida aplaudiu o time, cena que não acontecia há muito tempo.
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Se o time está longe de mostrar um futebol convincente, a vitória por 1 a 0 breca a crise que havia se instalado no Tricolor e que, inclusive, havia causado a demissão do técnico Adilson Batista - após a derrota por 3 a 0 para o Atlético-GO, no último domingo. A equipe comandada pelo interino Milton Cruz abriu vantagem no duelo das oitavas de final da Copa Sul-Americana. Os times voltarão a se enfrentar na próxima quarta-feira, em Assunção, e o Tricolor Paulista tem a vantagem do empate. Se o Libertad ganhar pelo placar simples, o classificado será conhecido na cobrança de pênaltis. Os paraguaios, para assegurarem a classificação nos 90 minutos, precisam vencer por dois gols de diferença. Quem levar a melhor enfrentará a LDU nas quartas de final.No fim de semana, o time muda o foco novamente e volta a pensar no Campeonato Brasileiro. Em busca de uma vitória para tentar retornar ao grupo da Taça Libertadores da América, o Tricolor recebe o Coritiba, às 16h (de Brasília), no estádio do Morumbi. Já o Libertad, pelo torneio Clausura do Campeonato Paraguaio, enfrentará o Tacuary no domingo.
Sem qualidade, Tricolor para no ferrolho do Libertad
Crucificado pela torcida, o técnico Adilson Batista foi demitido no último domingo, mas nada mudou no São Paulo desde então. O primeiro tempo no Morumbi, com muito frio, foi um castigo para quem foi ao estádio e viu um time sem a menor inspiração.
Milton Cruz manteve os titulares usados pelo ex-treinador, mas fez mudanças no posicionamento. Wellington, que saía mais para o jogo com Adilson, voltou a ser primeiro volante. Denilson ganhou liberdade pela direita, Cícero seguiu pela esquerda. À frente, uma linha com Lucas aberto pela direita, Dagoberto pela esquerda e Luis Fabiano mais à frente, como referência.
É verdade que o São Paulo encontrou um adversário visivelmente preocupado com a marcação. O argentino Jorge Burruchaga escalou o Libertad com duas linhas de quatro, e em algumas jogadas o time paraguaio tinha até nove jogadores do meio para trás. Aos 16, na única investida de perigo do Tricolor no primeiro tempo, Lucas fez belo lance pela direita e cruzou para Cícero, que disparou uma bomba de pé direito. Medina rebateu, e Luis Fabiano chutou por cima.
No mais, o jogo se arrastou. O Libertad chegou uma vez com perigo por causa de uma falha de Rhodolfo em passe na entrada da área. Mas Rogério Ceni saiu da meta e evitou o pior. O tempo foi passando, e a pequena torcida começou a se irritar com o São Paulo, que não dava sinais de reação. Luis Fabiano, em lance na área com Benegas, merecia cartão amarelo por jogada violenta aos 34. No apito para o intervalo, as vaias tomaram conta do estádio do Morumbi.
Luis Fabiano marca e tira o time do sufoco no segundo tempo
Sem alterações, o São Paulo pelo menos voltou com outra postura para a etapa complementar. Mais aceso, o time foi ao ataque três vezes nos primeiros oito minutos, com Dagoberto, Luis Fabiano e Cícero. Mas, assim como subia, deixava espaços na defesa. Aos 13, em descida rápida de Nuñez pela esquerda, Ramírez ficou cara a cara com Rogério Ceni e, de pé direito, exigiu grande defesa do camisa 1.
Luis Fabiano comemora com Lucas o seu primeiro gol na volta ao Tricolor Paulista (Foto: Reuters)
Irritado com o desempenho do time, Milton Cruz resolveu fazer duas alterações aos 16. Ele sacou Cícero e Denilson para colocar Marlos e Casemiro. O meia entrou com disposição e fez o time acordar em campo. Se o São Paulo não era um primor de organização, pelo menos passou a ter um pouco de velocidade. Aos 29, após jogada de Marlos, Piris foi travado na hora do chute. Dois minutos depois, o alívio tomou conta do Morumbi: Juan cruzou da esquerda, Dagoberto tocou de cabeça, e Luis Fabiano, de pé direito, bateu no canto direito alto de Medina. Abraçado por todos os companheiros, o Fabuloso correu para comemorar com a torcida.Com a vantagem, o time se tranquilizou em campo e passou a tocar a bola com mais propriedade. Milton Cruz sacou o apagadíssimo Lucas para colocar Rivaldo e assim ter uma peça que valorizasse a posse de bola. Aos 43, após bela troca de passes, Juan cruzou, e Marlos só não marcou o segundo de cabeça porque Medina fez grande defesa. No fim, apesar do placar magro, a torcida aplaudiu o time, cena que não acontecia há muito tempo.
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