segunda-feira, 14 de março de 2011

CLAUDIO RICHARDSON, UM MACHADOR DE RESPEITO.

O atletismo é o mais nobre dos esportes olímpicos e entre as modalidades atléticas a marcha é uma das mais difíceis. O praticante deve ser disciplinado e ter alto poder de abstração. Precisa  esquecer tudo e concentrar-se apenas na competição. Numa prova de marcha, o atleta não pode perder o contato com o solo.
Foi uma disputa de marcha abriu o calendário do atletismo nacional em 2011, em Barueri, no domingo 30, com a Copa Brasil Caixa de Marcha 50 km. O campeão foi o potiguar Claudio Richardson dos Santos. Aliás, Claudio foi heptacampeão. Vejam bem: ele ganhou pela sétima vez, em uma década, sua prova no principal evento da modalidade no País. Justamente nos 50 km, que muitos especialistas entendem ser a prova mais dura do atletismo.
Claudio Richardson ganhou a prova, disputada em Barueri, com o tempo de 4:13:20, muito bom, se considerado o forte calor que fez em toda a Grande São Paulo no dia. Seu recorde pessoal é 4:00:24, marca que obteve em 2008, na Copa do Mundo de Marcha, realizada na Rússia. Ele também disputou o PAN 2007, no Rio, e terminou em 7º lugar.
Este ano, Claudio luta por um lugar na equipe que disputará os Jogos Pan-Americanos de Guadalajara, em outubro, no México. Para isso, tem que ser um dos dois primeiros no Ranking Brasileiro, no período que vem de 1º de setembro do ano passado e terminará em 8 de maio próximo. No momento, ele está em 2º lugar, atrás apenas de Mário José dos Santos Júnior, que é líder com 4:03:30.
A esperança de Claudio é melhorar ainda mais sua marca no Ranking. Para isso, terá oportunidade na Copa Pan-Americana de Marcha, marcada para 26 e 27 de março, na Colômbia. Então, contra fortes competidores, principalmente colombianos e equatorianos, poderá melhorar ainda mais sua posição.
Ele estava sem clube. Considerando seu currículo, a Confederação Brasileira de Atletismo o convidou para competir. Claudio admitiu que havia ficado um tempo sem treinar. “Mas quando vi a oportunidade, não resisti, voltei aos treinos”, disse o atleta, que vive em Currais Novos, no interior do Rio Grande do Norte, terra de outros bons valores do atletismo, como o velocista Vicente Lenilson, vice-campeão olímpico do 4×100 m.
A meta de Claudio é disputar o PAN no México e quem o conhece sabe que ele pode alcançá-la.

Gazetaesportiva.net
blog do Bene Turco

Nenhum comentário:

Postar um comentário